Gaveta de Baixo - A vida escrita a mão...

Nem sempre o que a gente guarda presta... Não joga fora, mas não precisa prá nada. Dúvidas, constatações, reclamações, agradecimentos, ironias...enfim, fragmentos da vida. Da minha vida. Hatanne. Tentando fazer meu caminho...tentando trilhar um rumo. Ainda sem direção.

terça-feira, setembro 26, 2006

DI-VA-GAR


E eu que sempre achei que poemas fossem palavras soltas, de uma mente acometida de idéias aleatórias, presas em um texto sem sentido; me deparo com vários, na maioria das vezes de Vinícius de Moraes ou Carlos Drummond de Andrade, fazendo um ABSURDO sentido...me acalmando de não ser a única mente transtornada. Especialmente nas madrugadas...
Se eu fumasse, acenderia um cigarro.
Erudita eu, não?

sexta-feira, setembro 22, 2006

Eu + 10.

A maioria de nós não se sente completo sozinho...precisa sempre de alguém para que as coisas façam sentido. Amigos, amores, filhos...No entanto, na boa e velha ironia da vida, é justamente quando estamos com alguém que temos que nos policiar e raramente somos nós mesmos o tempo inteiro. Mudamos...seja para agradar, para não brigar, para impressionar ou para ser a pessoa que gostariam que fôssemos...
E aí?
Olha, chega um momento da vida que a paciência é controlada. Venho trabalhando a tolerência, a paciência com situações irritantes, estressantes ou mesmo situações em que eu, ex estopim curto, explodiria.
Mas..............
Não tenho mais paciência (e que fique claro – não quero ter!) para me fazer de bonitinha, para deixar de ser eu mesma em atos, palavras, ideáis...O bom e velho: “me queira do jeito que eu sou”.
Todo mundo tem defeitos, todo mundo tem características não muito louváveis a serem trabalhadas, e que podemos tentar mudar para nos tornarmos pessoas melhores. Só que, existem coisas nossa que, se tiradas, não somos mais nós. É forçado, é artificial...machuca mais segurar do que botar prá fora, e deixar ser o que Deus quiser.
Serei eu. Serei sempre eu. Na essência, nos valores, no respeito com as pessoas e suas limitações, na tolerãncia com as diferenças, com amor demais prá dar, na valorização das pequenas coisas e da família, na felicidade de viver...
Não vou pedir desculpas pelo que eu sou. Há uma história, há um caminho percorrido e muitos quilômetros à frente...Eu vou rápido, eu vou devagar, eu vou a pé...mas eu vou. E a única pessoa que vai me acompanhar até o final serei eu mesma.
Quem não quiser ver, paciência. Quer não quiser aceitar, azar.

“- Amor, então, também acaba?
- Não que eu saiba. O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva.
- Ou em rima.”
Paulo Leminsky.