A maioria de nós não se sente completo sozinho...precisa sempre de alguém para que as coisas façam sentido. Amigos, amores, filhos...No entanto, na boa e velha ironia da vida, é justamente quando estamos com alguém que temos que nos policiar e raramente somos nós mesmos o tempo inteiro. Mudamos...seja para agradar, para não brigar, para impressionar ou para ser a pessoa que gostariam que fôssemos...
E aí?
Olha, chega um momento da vida que a paciência é controlada. Venho trabalhando a tolerência, a paciência com situações irritantes, estressantes ou mesmo situações em que eu, ex estopim curto, explodiria.
Mas..............
Não tenho mais paciência (e que fique claro – não quero ter!) para me fazer de bonitinha, para deixar de ser eu mesma em atos, palavras, ideáis...O bom e velho: “me queira do jeito que eu sou”.
Todo mundo tem defeitos, todo mundo tem características não muito louváveis a serem trabalhadas, e que podemos tentar mudar para nos tornarmos pessoas melhores. Só que, existem coisas nossa que, se tiradas, não somos mais nós. É forçado, é artificial...machuca mais segurar do que botar prá fora, e deixar ser o que Deus quiser.
Serei eu. Serei sempre eu. Na essência, nos valores, no respeito com as pessoas e suas limitações, na tolerãncia com as diferenças, com amor demais prá dar, na valorização das pequenas coisas e da família, na felicidade de viver...
Não vou pedir desculpas pelo que eu sou. Há uma história, há um caminho percorrido e muitos quilômetros à frente...Eu vou rápido, eu vou devagar, eu vou a pé...mas eu vou. E a única pessoa que vai me acompanhar até o final serei eu mesma.
Quem não quiser ver, paciência. Quer não quiser aceitar, azar.
“- Amor, então, também acaba?
- Não que eu saiba. O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva.
- Ou em rima.”
Paulo Leminsky.